Deuteronômio cap. 27; 28; 29 A severidade do sermão de Moisés, ao fim da jornada nas planícies de Moabe, equivale a de Jesus em seus serm...

Jesus no Velho Testamento - Sermões de Moisés e de Jesus - Maldição e bençãos

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Deuteronômio cap. 27; 28; 29
A severidade do sermão de Moisés, ao fim da jornada nas planícies de Moabe, equivale a de Jesus em seus sermões ao longo de sua curta vida. Moisés conviveu com aquele povo no deserto durante quarenta anos, sabia que o coração deles era de dura cerviz e eles já demonstravam sua tendência à apostasia. Temeroso de que ocorresse essa desobediência no decorrer da existência deles na terra prometida, reitera a obrigação de seguirem fielmente as leis e os mandamentos, para que tudo lhes fossem benéficos, pois se houvesse a desobediência, sofreriam todos os males a quem está sujeito ao afastamento do Senhor, ficaria a própria sorte. Cita as maldições que acarretaria aos desobedientes e as bênçãos aos obedientes.
Jesus ao citar as bem-aventuranças compreende-se que o inverso está explicito na citação, por exemplo: ele diz bem-aventurados os humildes de coração, infere-se ao inverso quem não for humilde de coração não será bem-aventurado, assim por diante. Mateus 5: 1-11
Moisés procura mostrar a todos eles o cuidado de Deus para com o povo que ele escolheu para servi-lo e fazer-lhe conhecido entre as nações, os sinais, maravilhas, as vitórias na guerra contra hostes mais fortes, a luz durante a noite para guia-los, a sombra durante o dia para o refrigério contra o sol abrasador, o alimento e a água durante todo o tempo da peregrinação no deserto, as sandálias e as roupas que não envelheceram durante os quarenta anos, por que o Senhor estava sempre ao lado deles, dando-lhes proteção e segurança. A preocupação de Moisés era fazer ver ao povo um Deus misericordioso para com os seus e severo para os recalcitrantes. A lei dada a eles era superior a todas aquelas que os outros povos possuíam. Dividia-se em duas partes: A primeira parte, a adoração e o culto a Deus, sendo feito em espírito, não permitindo a figura, esculturas, obras de arte ou qualquer manifestação de cunho natural “pau e à pedra” e adoração a outros deuses. “Ouve, Israel, o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças”. Dt. 6: 5 A segunda parte, é relativa ao convívio entre os homens. “mas amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Lv. 19: 18  Jesus ao citar qual o maior mandamento da lei. Diz: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas”. Mateus 22: 37-40
Deus ao dar a lei ao povo não foi para escravizá-los, mas dar a eles uma norma de vida que os diferenciasse dos outros povos, pois eram propriedades do Senhor. A lei era de vigência espiritual. “Porque bem sabemos que a lei é espiritual”. Rm 7: 14  Deveriam segui-la com o coração e obediência, não o fazendo estariam sujeitos ao afastamento de Deus do meio deles. Foi o que ocorreu, quando se tornaram prósperos, foram adorar outros deuses, Deus os deixou a própria sorte. Outros povos mais fortes vieram e os dominou. Com o advento do Messias, Cristo Jesus, o crucificaram. Nos anos setenta de nossa era foram destruídos e espalhados pelo mundo até os dias atuais.
Os servos de Jesus não estão mais sob o cutelo da lei, mas sob a plenitude da graça. Moisés ao instruir os judeus a seguir a lei e obedecer, seriam abençoados, enquanto os desobedientes seriam amaldiçoados. “Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las”. Gl: 3: 10  Porém em Cristo os que creem pela fé, são bem-aventurados. Pois o Senhor Jesus ao tomar o lugar dos homens na cruz do calvário, fez-se maldição conforme a lei, levou sobre si a maldição reservada a todos os homens e deu-lhes a graça para serem salvos da ira de Deus. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie”. Efésios 2: 8-9
Assim como estava reservado aos judeus à maldição à desobediência as leis de Deus, os homens atuais não estão isento das mesmas maldições se não crerem em Cristo Jesus. “E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé... Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa”. Gal. 3: 11; 28-29  “Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. Está bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé. Então não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, teme que não te poupe a ti também. Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado”. Rm. 11: 19-22

   


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