O julgamento sem justiça, absolve o ímpio e condena o inocente
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Durante a peregrinação no deserto, Moisés designou oficiais
e juízes de acordo com a quantidade do povo, mil, cem, cinquenta e dez mil,
para ouvi-los e julgá-los, seriam, portanto, várias instâncias de julgamento, aquilo que não
pudessem resolver, trouxessem a ele para julgar, o juízo deveria ser justo,
seria feito entre os judeus, homens e seus irmãos e entre os estrangeiros que
houvessem entre eles, não poderiam discriminá-los, ouviriam o pequeno e o
grande, sem temê-los, pois o juízo era de Deus. Dt. 1: 16-17 Ao possuir a
herança de Deus, Moisés não estaria mais a frente do povo e as tribos, cada uma,
em sua possessão de herança. Haveria necessidade de ter juízes e oficiais em
cada cidade. Recomenda-lhes escolherem juízes e oficiais para cada uma delas,
para julgar com justiça, sem torcê-la, nem fazendo acepção de pessoas, nem tomando
suborno ou corrompendo-se e os problemas de maior gravidade seriam levados ao
sacerdote para julgá-los. Dt. 16: 18-20;
17: 8-9
A primeira recomendação é para que o juízo seja de justiça,
sem torcê-lo. O que é justiça? Justiça é
equidade. “Virtude moral que inspira o respeito dos direitos de outrem e que
faz dar a cada um o que lhe pertence”. (Minidicionário da língua
portuguesa-Soares Amora-18 Edição-Editora saraiva) Segunda: Não fazer acepção
de pessoas. “Não farás injustiça no juízo; não respeitarás o pobre, nem
honrarás o poderoso; com justiça julgarás o teu próximo”. Lev. 19: 15 Deus não
faz acepção de pessoas, diante dele todos são iguais e a salvação é para todos,
isso mostrou ao Apóstolo Pedro quando chamado por Cornélio, centurião da coorte
chamada italiana, piedoso e temente a Deus, ele era estrangeiro e os judeus não
se misturavam aos gentios. Atos cap 10
Deus condena a corrupção e o suborno, pois “o suborno cega
os olhos dos sábios e perverte as palavras dos justos”. Dt. 16: 19b O homem é
falho, sente-se atraído pela aparência e é enganado pelo falso justo, pelo
bajulador e pelo dinheiro, acaba sendo subornado, vendendo-se e não fazendo
justiça a quem de direito. Ficando preso ao subornador. Judas Iscariote e os
maiorais dos judeus fizeram um falso juízo de Jesus, para eles, o Messias
prometido seria político e libertá-los-ia do jugo romano, porém vendo que o
reino de Cristo era espiritual, Judas vendeu-o, por trinta moedas de prata, aos
maiorais dos judeus que desejavam matá-lo. Manteve-se em segredo esperando a
oportunidade de entregá-lo, mas o Mestre, em seu poder onisciente, sabia que
ele o entregaria e à mesa, junto com os seus discípulos, durante a ceia, faz alusão
que um deles o trairia, Judas lhe pergunta se era ele, Jesus diz que sim. Muitos
ao se subornar ou corromper-se o faz as ocultas, achando que assim fazendo
ninguém irá saber. Judas fez as ocultas, mas o Mestre sabia o que ele havia
feito. Ao vir à condenação do Mestre, arrependeu-se, mas era tarde,
enforcou-se. Mateus cap 26
O julgamento de Jesus teve tudo o que Moisés exortou não fizesse,
subornaram Judas, testemunhas falsas, acusações sem fundamentos, acepção de
pessoas, absolveram um condenado, Barrabás fora preso por sedição e homicídio,
pregava o ódio e a guerra. Condenaram um inocente, Jesus, pregava o amor ao
próximo, paz, benevolência, misericórdia e ressuscitou muitos. Sofreram as consequências desse ato, no ano
setenta depois de Cristo, foram dizimados e dispersos pelo mundo, perdendo a
posse da terra prometida. O templo que se orgulhavam, foi inteiramente
destruído, restando um muro que o sustentava, sendo atualmente o muro das
lamentações.
O Mestre exige que a justiça dos seus servos exceda as dos
fariseus e escribas, os maiorais dos Judeus.
“Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e
fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus”. Mateus 5: 20 E o
Apóstolo Paulo diz que a ira de Deus vem
sobre os que destorcem a justiça em injustiça. “Porque do céu se manifesta a
ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade
em injustiça”. Rm. 1: 18