Ao ler determinado acontecimento relatado na Bíblia, devem-se volver os olhos à realidade da época da ocorrência do fato, para se entender ...

Jesus no Velho Testamento faz no Novo Testamento uma nova realidade de vida

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Ao ler determinado acontecimento relatado na Bíblia, devem-se volver os olhos à realidade da época da ocorrência do fato, para se entender realmente a razão da exortação no cumprimento do mandamento da lei. Israel foi liberto da escravidão de um povo idólatra, durante a peregrinação no deserto teve contato com outras nações pagãs, elas cultuavam vários ídolos, a vida que levavam era pregressa, prostituíam-se. Moisés conhecia o coração de seu povo, era de dura cerviz e possuía uma grande preocupação, de eles ao ter a posse da terra, seguissem os mesmos erros cometidos por aqueles povos que o Senhor tirava de diante de si. Nessas últimas exortações procura mostrar-lhes que não deveriam segui-los, os homens não poderiam emascular-se, pois era uma prática usada pelos pagãos e aqueles que o faziam eram alçados ao sacerdócio. A prostituição, o adultério, a promiscuidade, a agiotagem, a falta de amor ao próximo, à falta de higiene eram atos corriqueiros entres eles, haviam muitos filhos dessas uniões espúrias e eles não conheciam sequer seus progenitores.  Moisés admoesta-os a não fazê-las e dá a eles um mandamento, proibir a entrada dos eunucos e dos filhos dessas uniões na congregação. Justifica-se essa preocupação por motivo de na época, o culto realizado pelos judeus, a expiação dos pecados pelo sacrifício, um ritual que deveria ser espiritual, do coração do homem com Deus, tornou-se, com o cerimonialismo, um ato frio, sem participação espiritual, ficou um vazio na alma e poderiam, com o passar do tempo, seguir os atos daquelas nações. “Porque conheço a tua rebelião e a tua dura cerviz; eis que, vivo eu ainda hoje convosco, rebeldes fostes contra o SENHOR; e quanto mais depois da minha morte?” Dt. 31: 27
O Senhor Deus conhece a alma humana, sabe que por seus próprios esforços, não conseguirão vencer o mal. ”Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço”. Rm. 7: 14-15 Pelo motivo da fraqueza carnal do homem Deus veio ao mundo em forma humana, para resgatá-lo da perdição do pecado, deu sua própria vida, em resgate, para dar-lhe a vida eterna. “E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo... Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados”. II Cor. 5: 18-19

Vê-se nos dias atuais a mesma situação, porém há uma nova realidade, Jesus trouxe uma novidade de vida, o culto sem o cerimonialismo frio, mas espiritual, “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”. João 4: 24 E ao tornar-se servo de Cristo, o homem preenche seu coração do espirito de Deus, passa a amar o próximo, pois tem a essência divina, não discrimina, não faz acepção de pessoas, todos são iguais perante o Senhor. No Reino de Deus há lugar para todos, desde que o aceitem em seu coração. “E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; Onde não há grego, nem judeu, circunciso, nem incircunciso, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos. Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição”. Gal. 3: 10-14


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