Ao ler e meditar nas passagens de Deuteronômio, não se pode esquecer o motivo que levou Moisés a exortar aquele povo à obediência aos manda...

A justiça de Deus é perfeita, absolve o inocente e condena o culpado

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Ao ler e meditar nas passagens de Deuteronômio, não se pode esquecer o motivo que levou Moisés a exortar aquele povo à obediência aos mandamentos de Deus. Eles não eram a mesma geração dos Judeus que saíram do Egito, aqueles morreram no deserto por não confiarem em Deus, em dar-lhes a terra prometida, esses não haviam presenciado os sinais e maravilhas do Monte Horebe. Moisés relata toda a saga daquele povo, o cuidado do Senhor para com eles e reitera as leis e os mandamentos dados por Deus.
Eles estão acampados às margens do rio Jordão, na planície de Moabe, prestes a tomar posse da terra prometida. Moisés insta o povo à obediência e ao cumprimento da lei do Senhor, pois a geração anterior foi infiel, murmuradora, obstinada e incrédula, um povo de dura cerviz. O Senhor os fez amargurar a dureza do deserto durante quarenta anos e os soterrou na areia do deserto, somente Calebe e Josué foram separados por confiarem no poder de Deus.
A essa nova geração é dada a oportunidade de assumir a terra, mas há a necessidade de obedecer às leis e os mandamentos. Fazerem justiça e juízos perfeitos aos homens condenando o culpado e absolvendo o inocente.
Em todo homicídio a terra era contaminada, precisava-se de resgate, porém nem todo o que cometia um crime de morte era culpado, havia, por vezes, o acidente, a esse Moisés, por mandamento de Deus, exorta-os a separar três cidades de refúgio para acolher o homicida, ele cita um exemplo: “Como aquele que entrar com o seu próximo no bosque, para cortar lenha, e, pondo força na sua mão com o machado para cortar a árvore, o ferro saltar do cabo e ferir o seu próximo e este morrer, aquele se acolherá a uma destas cidades, e viverá”. Dt. 19: 5 É o chamado crime culposo. Todos os que acolhessem a essas cidades só poderiam deixá-la após a morte do Sumo-sacerdote, pois com a sua morte seriam resgatados, os crimes involuntário ou premeditado contaminava a terra, precisava de resgate, por morte do culpado ou do Sumo-sacerdote ao seu tempo.
Jesus Cristo, o Sumo-sacerdote da ordem de Melquisedeque, tomou o lugar do pecador que estava destinado à morte, sacrificando-se na cruz do calvário para dar-lhe a vida eterna. A semelhança do resgate pelo Sumo-sacerdote com sua morte aos refugiados, dando a eles a liberdade, Cristo libertou todos os pecadores pelo seu sacrifício. “Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.” Hb. 9: 11-12;
Havendo homicídio premeditado, doloso, e o criminoso se refugiasse a uma dessas cidades, os anciãos, junto com os juízes, iriam até a cidade, retirariam o criminoso e o entregariam ao vingador para matá-lo, assim o mal seria tirado da terra.
Cristo entregou-se por todos, mas os que não o aceitam permanecem sob a ira de Deus. “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece”. João 3:36
O julgamento deveria ser justo sem parcialidade, uma só testemunha não deveria ser aceita, somente duas ou mais. Se alguém acusasse outro falsamente, seriam levados os dois a presença do Sacerdote e dos juízes, se constatasse que o testemunho era falso, o acusador teria como recompensa o que desejava ao outro, para servir como exemplo. Dt. 19:16-21

O Mestre aconselha os seus discípulos a serem justo, não usando a justiça dos escribas e fariseus, pois era parcial. “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus”. Mateus 5:20 


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