A morte de Moisés - a morte de Jesus Cristo - a vitória sobre a morte
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Deuteronômio cap 34
O momento mais dramático para os
homens e mulheres é a morte. Alguns se desesperam, outros aceitam passivamente
e há aqueles que se jubilam com esse momento. O Apóstolo Paulo disse: “Combati
o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça
me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não
somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. II Tm. 4: 7-8
Moisés, sabedor de que seu tempo
era findo, exortou o povo à obediência ao seu Deus, ordenou, impôs suas mãos
sobre Josué, fazendo-o o novo líder do povo israelita, louvou o Senhor num
cântico e abençoou o povo nessa nova jornada, estava pronto para o seu último
ato de vida.
Por ordens de Deus, Moisés sobe o
monte Nebo para avistar a terra prometida que o Senhor dá ao povo israelita. Não
lhe foi dado o direito de entrar na terra prometida por motivo de sua
desobediência a ordem de Deus em Meribá, mas lhe é outorgado o galardão de
avistá-la. Aquelas terras tão desejada, em que ele, por ordem divina, trouxe o
povo para possui-la. Enfrentou Faraó, venceu-o e libertou o povo das garras da
escravidão, sofreu junto deles as agruras do deserto, ouviu as murmurações, mas
era um homem muito manso. “E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os
homens que havia sobre a terra”. Nm. 12:3
Porém no momento em que se irritou, pecou contra o
Senhor, desobedeceu a Deus e foi punido. Deus não permitiu a entrada de Moisés
na terra prometida. Nm. 20: 13; Nm. 27: 12-14
A justiça e a misericórdia de
Deus andam juntas. Moisés pecou, foi punido, mas pelas misericórdias de Deus
fê-lo ver toda a terra prometida aos patriarcas.
O Senhor escolheu Moisés para a
missão de libertar o povo das mãos dos egípcios, para levá-los até a terra da
promessa, antes mesmo dele nascer. Capacitou-o na corte egípcia na sabedoria
deles e junto a sua mãe na cultura de seu povo, o povo Hebreu. Conheceu a
idolatria e todas as formas do culto pagão. Soube, através de sua mãe, os
segredos de Deus, foi ele que escreveu os cincos livros iniciais da Bíblia, o
Pentateuco. Gênesis. Êxodo, Levítico,
Números e Deuteronômio. Escreveu também o livro de Jó e o Salmo 90.
A morte de Moisés evolve um
mistério. Diz às escrituras que ele morreu nas terras de Moabe e foi sepultado
num vale e ninguém sabe onde se encontra. “E o sepultou num vale, na terra de
Moabe, em frente de Bete-Peor; e ninguém soube até hoje o lugar da sua
sepultura”. Dt. 34: 6 Esse é o grande mistério. O escritor Judeu Flavio Josefo
deixa em suspenso. Diz que os livros escritos por Moisés relata sua morte “porque
temia que não acreditasse que ele ainda estava vivo, arrebatado ao céu, por
causa de sua santidade”. Há alguns
relatos em livros judaicos que falam sobre esse fato e no livro do Apóstolo
Judas, irmão de Tiago, alguns creiam seja irmão de Jesus, informa que o Arcanjo
Miguel luta com satanás pelo corpo de Moisés. Judas 1: 9 Nos evangelhos ele encontra-se conversando com
o Mestre e o Profeta Elias na transfiguração de Jesus. Mateus 17: 2-3; Marcos 9: 3-4; Lucas 9: 29-31
Moisés foi o principal continuador
do concerto de Deus com o povo israelita, a antiga aliança. Quando escreveu a
história da criação do mundo, da escolha dos patriarcas, do início do povo
judeu, ele usou escritos antigos, pois a escrita já era usada nos tempos de
Abraão. Mas era finito como homem e sujeito à morte, não possuía poder para
resgatar o homem junto ao Senhor. Deus criou por intermédio dele figuras que
mais tarde seriam substituídas pelo Messias, são a lei sacrificial, o
Tabernáculo e o Templo. Ao seu tempo Deus enviaria o Messias para realizar um
novo concerto. Dt. 18: 15-18
Moisés foi o grande artífice na
revelação de Deus, pois falava face a face com ele. Foi o precursor do Messias
e esteve com Jesus na transfiguração do Mestre, junto com Elias falando do
sacrifício de Cristo. Estava concluída a sua missão e convinha receber de Deus
seu galardão. Com a morte de Moisés continuava o antigo concerto. “Dando nisto
a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava
descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo”. Hb. 9: 8
O novo concerto substitui o
antigo, em Cristo foi abolido o sacrifício, pois ele sacrificou-se pela
humanidade e resgatou-a junto a Deus. O Tabernáculo e o Templo prefigurava o
corpo de Cristo, com sua morte os destruiu.
“Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o
levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado
este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu
corpo”. João 2: 19-21
O grande orgulho judaico e quiçá
objeto de adoração o Templo foi inteiramente destruído, porém o novo concerto
feito por Deus no sacrifício de Cristo se revela no espírito, passando a ser o
corpo do homem que crê em Jesus o Templo do Espírito Santo. “Ou não sabeis que
o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de
Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço;
glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais
pertencem a Deus”. I Cor. 6: 19-20
Com a morte e ressurreição de
Jesus obtém-se, aquele que crê, a vitória sobre a morte. “Tragada foi a morte
na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua
vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas
graças a Deus que nos dá a vitória por nosso SENHOR Jesus Cristo”. I Cor. 15:
54-57