A terra que Deus deu ao patriarca Abraão era sagrada. Ela
lhe foi dada por ter tido a fé inabalável no convite de Deus para deixar tudo e
segui-lo. Ao dar-lhe a terra fez-lhe uma promessa que a sua descendência seria
como as estrelas dos céus e como a areia da praia, nela seriam benditas todas
as Nações. “E em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Gen. 12: 3b O
Apóstolo Paulo cita que essa benção seria em Cristo Jesus. “Ora, as promessas
foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como
falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo”.
Gal. 3: 16 Portanto não poderia haver homicídio sem resgate vicário do sangue
derramado. Se, entretanto, não conhecendo o autor do atentado, os anciãos e
juízes fariam a medição para ver qual a cidade mais próxima do morto. Os
anciãos daquela cidade sacrificariam uma novilha, às vistas dos sacerdotes, lavariam
suas mãos como isentos daquele homicídio. A lei de Deus era severa, contudo, justa.
Havia necessidade da expiação do sangue derramado, a novilha tomou o lugar do
culpado não conhecido. Jesus expiou os pecados de todos por meio de seu sangue.
“O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado”. I João 1:
17
A lei de Deus exige que o homem trate sua mulher com os
devidos direitos no casamento. Era permitido o casamento com mulheres gentias,
somente não era permitido o casamento com as mulheres da palestina. Se não a
desejasse mais lhe daria o divórcio. O casamento prefigura a relação de Cristo
com sua Igreja, nesses versículos a vinculação de Jesus com a Igreja dos
gentios. Dt. 21: 10-14 Efésios 5: 23 Nos
tempos de Jesus, ele foi confrontado pelos escribas e fariseus acerca do
divórcio, atualmente ainda se discute esse assunto. A resposta dada por Jesus
aos escribas e fariseus é atual. O divórcio é dado por uma má escolha, não
houve antes do casamento uma consulta ao Senhor para conhecer sua vontade,
procura-se no outro a formosura ou o desejo sexual, não a real vontade de Deus.
Portanto há o esfriamento na relação matrimonial durante o correr da vida,
ocorrendo à ruptura, por conseguinte o divórcio. Mateus 19: 3-10 Assim se dá também com a Igreja, se não é de
Cristo afaste-se dela.
Os direitos na herdade eram do primogênito, a ele seria dada
dobrada porção de tudo na partilha da herança. Se acaso houvesse alguém com
duas mulheres e amasse uma delas em detrimento da outra, havendo filhos dele
com elas, se o primogênito for da desprezada, esse teria o direito da
primogenitura, não haveria o bastardo. Dt. 21: 15-17 Em Cristo Jesus todos os
que forem feitos filhos de Deus, aqueles que creem nele. “Mas, a todos quantos
o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no
seu nome”. João 1: 12 E são herdeiros da graça. Rm. 8: 14-17
O castigo severo da lei servia como exemplo aos demais, para
não incorrerem nos mesmos erros. Ao infringir qualquer mandamento da lei o
castigo seria a morte. O filho desobediente, rebelde, contumaz e recalcitrante,
não dando ouvidos aos conselhos dos pais, seria levado pelos pais aos anciãos
da cidade e estes os castigaria com a morte. Dt. 21: 18-21 Prefigura a situação
de todos os homens diante de Deus que após todos os seus esforços para crerem
nele, no seu Filho e na salvação ofertada a todos, continuam rebeldes,
desobedientes, recalcitrantes e incrédulos, o fim será a morte eterna. “Porque
o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por
Cristo Jesus nosso Senhor”. Rm 6: 23
A permanência no madeiro, na cruz, por castigo, não poderia
ficar para o outro dia, deveria ser retirado no mesmo dia, pois esse castigo
tornava maldito, diante de Deus, aquele que o sofreu. Dt. 21: 22-23 Jesus Cristo foi crucificado inocentemente,
levava sobre si os pecados de todos os homens, tornou-se maldito, para dar
liberdade a todos os que o invocam. “Cristo nos resgatou da maldição da lei,
fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for
pendurado no madeiro”. Gal. 3: 13