Fala-se muito em justiça aos mais necessitados, sem acesso a
nenhum direito, sendo discriminados, sofrendo opressão de toda sorte, vivendo a
margem da sociedade, são lembrados apenas, quando há oportunidade de algum
ganho político ou social para os mais abastados. Deus ordena ao seu povo, a
cada sete anos, perdoar as dívidas contraídas pelos menos favorecidos, sendo um
perdão absoluto, assim ao exemplo do Senhor que perdoou o pecado de todos. Ao
ensinar os seus discípulos a orar, Jesus foi enfático que durante a oração ao
solicitar perdão as suas dívidas, eles citassem o perdão feito aos seus
devedores. “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos
devedores”. Mateus 6: 12 Moisés exorta o
povo a cumprir o mandamento do Senhor citando que a remissão das dívidas era
ordem de Deus. “Este, pois, é o modo da
remissão: todo o credor remitirá o que emprestou ao seu próximo; não o exigirá
do seu próximo ou do seu irmão, pois a remissão do SENHOR é apregoada”. Dt. 15:
1
O Senhor dá condição aos seus servos de serem prósperos,
porquanto Deus é o senhor de tudo e oferece a cada um os seus benefícios, desde
que lhe seja fiel. “LOUVAI ao SENHOR. Bem-aventurado o homem que teme ao
SENHOR, que em seus mandamentos tem grande prazer. A sua semente será poderosa
na terra; a geração dos retos será abençoada. Prosperidade e riquezas haverá na
sua casa, e a sua justiça permanece para sempre. Aos justos nasce luz nas
trevas; ele é piedoso, misericordioso e justo. O homem bom se compadece, e
empresta; disporá as suas coisas com juízo; Porque nunca será abalado; o justo
estará em memória eterna”. Salmos 112: 1-6
Moisés, conhecedor do poder de Deus, tem a fé inabalável de
que o Senhor dará aquelas terras ao seu povo e o fará próspero, sendo obediente
aos mandamentos, será credor de outras nações. “Porque o SENHOR teu Deus te
abençoará, como te tem falado; assim, emprestarás a muitas nações, mas não
tomarás empréstimos; e dominarás sobre muitas nações, mas elas não dominarão
sobre ti”. Dt. 15: 6
Não poderia esquecer-se do seu próximo nos momentos de
abastança. Diz-lhe também que sempre haverá pobres. Obedecendo a esses
estatutos, Deus irá acrescentando mais riquezas aos seus servos. Há um exemplo
bastante significante na Galileia, o mar da Galileia é abastecido por vários
rios, bastante piscoso, na cidade de Cafarnaum havia um entreposto de pesca,
onde se distribuía peixes para aquelas redondezas e os principais discípulos de
Jesus eram pescadores, enquanto o mar morto não possui embocadura e seu nível é
mantido por evaporação rápida, recebe as águas do rio Jordão, vindo do mar da
Galileia e outros pequenos afluentes, mas não as distribui e a salinidade é
oito vezes superior a dos oceanos, não há vida marinha em seus termos. Um
grande contraste, o mar da galileia recebe e distribui, tem vida, o mar morto
recebe e não distribui, não tem vida. “Quando entre ti houver algum pobre, de
teus irmãos, em alguma das tuas portas, na terra que o SENHOR teu Deus te dá,
não endurecerás o teu coração, nem fecharás a tua mão a teu irmão que for
pobre; Antes lhe abrirás de todo a tua mão, e livremente lhe emprestarás o que
lhe falta, quanto baste para a sua necessidade... Livremente lhe darás, e que o
teu coração não seja maligno, quando lhe deres; pois por esta causa te
abençoará o SENHOR teu Deus em toda a tua obra, e em tudo o que puseres a tua
mão. Pois nunca deixará de haver pobre na terra; pelo que te ordeno, dizendo:
Livremente abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado, e para o
teu pobre na tua terra”. Dt. 15: 8; 10-11
O Senhor não exige a abstinência de bens aos seus servos,
mas deseja que sejam liberais. A assistência social é necessária, se todos
desse um pouco do que tem, mitigaria a fome de muitos. Observa-se que várias
Igrejas seguem o procedimento da Igreja primitiva, distribuindo alimentos,
roupas e saciando a fome dos necessitados, dos moradores de rua. Há programas
sociais realizados por vários servos de Cristo na reabilitação de dependentes
químicos, cuidados com as crianças abandonadas, órfãos, viúvas e idosos, mas
ainda falta muito.
A missão primordial da Igreja é a evangelização. Compete aos
homens salvos por Cristo a ação social. A Igreja evangeliza, os seus membros
socorrem os mais necessitados. Lembrando-se do sermão profético de Cristo.
“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde,
benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a
fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e
destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e
vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então
os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te
demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos
estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo,
ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos
digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o
fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de
mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; Porque
tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Sendo
estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na
prisão, não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor,
quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na
prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo
que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão
estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna”. Mateus 25:
34-46